Carlos Augusto
Fernando Schmidt de 69 anos, depois de 35 anos, é o novo presidente do Bahia. A primeira eleição direta da história do clube não teve surpresa. Nome mais cotado para assumir o cargo, ele foi o último a oficializar a candidatura. Mas, como diz o ditado, os últimos serão os primeiros. O professor, advogado e ex-secretário de estado foi o escolhido pelos sócios para substituir Marcelo Guimarães Filho, deposto pela Justiça após uma sequência de improbidades. Schmidt cumprirá um mandato-tampão, sem direito a reeleição, até o fim de 2014.
O novo presidente possui uma história de títulos e avanço patrimonial dentro do Bahia. Entre 1975 e 1979, ele presidiu o Tricolor, era que ficou marcada pela conquista do heptacampeonato baiano. Foi também no mandato de Schmidt que o Fazendão foi construído. Ironicamente, ele assume o clube justamente no momento em que o Tricolor deixa o antigo centro de treinamento em direção à Cidade Tricolor, em Dias D’Ávila.
A Fonte Nova, palco de conquistas e lutas memoráveis, tornou-se a margem do Ipiranga da nação azul, vermelha e branca. Foi uma daquelas vitórias suadas, embate duro e com a possibilidade de comemorar somente ao apito final. Uma eleição que ocorreu após horas e horas de reunião. Uma eleição possível depois de batalhas jurídicas com direito a prorrogação no plantão da madrugada deste sábado. Mais de 50 tricolores fizeram vigília no plantão judiciário. A prática da antiga diretoria de liminares no meio da madrugada não pôde se repetir.
Foi com esse sentimento de liberdade que os milhares de tricolores foram e deixaram a Fonte Nova neste sábado. Nada mais simbólico do que se sentir livre no dia da Independência do Brasil. A esperança é que a liberdade não seja um hiato na história. E não é nenhum absurdo afirmar que, para a torcida a do Bahia, o 7 de setembro ganhou uma importância ainda maior. Mais do que a data da independência do país, ela se tornou o marco da democracia de uma nação.
Fonte:Globo
Fotos: Raphael Carneiro
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