sexta-feira, 9 de outubro de 2015

No Hipismo - Sem fazer alarde, Rodrigo Pessoa caminha rumo a marca histórica em Olimpíadas






Carlos Augusto






Rodrigo Pessoa, em breve, será o atleta brasileiro com mais histórias olímpicas para contar. Pena que ele não conta, por ser muito introspectivo. O cavaleiro hoje está empatado com o mesa-tenista Hugo Hoyama e o velejador Torben Grael. Os três são os esportistas com o maior número de participações em edições dos Jogos Olímpicos da história: seis. Presença certa nos Jogos do Rio, o cavaleiro vai se isolar com sete participações. E, provavelmente, vai parar por aí, sem possibilidades de alcançar outro cavaleiro, o canadense Ian Millar, 67 anos, o recordista mundial, com dez participações, desde Munique-1972.

Rodrigo Pessoa vai em busca da sétima participação olímpica


"Tenho o pensamento de que a Olimpíada do Rio vai ser a última na minha carreira, que já tem 27 anos. Tudo o que quero é um pouquinho de tempo para eu pensar nas coisas novas que quero fazer na vida. Não é uma coisa segura (que a Olimpíada do Rio será sua última), mas tem uma possibilidade".

Nesta semana, até o próximo domingo, Pessoa, campeão olímpico individual em 2004, vai prestigiar o Concurso Indoor Internacional de Saltos da Hípica Paulista, no Brooklyn, ao lado de Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, integrante, assim como Rodrigo, das equipes que conquistaram o bronze nos Jogos de Atlanta e Sydney, e de cavaleiros que brigam para fazer parte da equipe que vai ao Rio, como Pedro Veniss, Felipe Amaral, Sérgio Marins, Pedro Muylaert e José Roberto Reynoso Fernandez Filho. O clube espera receber um público de 50 mil pessoas, na soma de todos os dias.

Pessoa, que teve que fazer um trabalho psicológico para poder se abrir nas entrevistas à jornalista francesa Sabrine Delaveu, autora de sua biografia "Você será cavaleiro, meu filho", é econômico ao lembrar de sua trajetória. "Cada uma das minhas participações olímpicas foi importante, desde a primeira, quando tinha apenas 19 anos, até Londres, quando tive a honra de carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura".

Na perseguição a sua quarta medalha olímpica, Pessoa se vê envolvido na procura pela melhor montaria possível. Devido a alguns problemas, o processo está atrasado. O melhor entrosamento entre cavaleiro e cavalo costuma ser alcançado após um ano de parceria. "Vou ter que me preparar para usar a minha experiência no momento em que for competir, porque ela será necessária". 

Fonte:esporte.ig.com.br
Foto:COB

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