Carlos Augusto
Thomaz Bellucci é um mistério. Como poucos, ele consegue alternar momentos de intensa vibração com uma frieza espantosa, tanto dentro como fora de quadra. Após a emocionante partida que culminou na sua eliminação na semifinal do Brasil Open, neste sábado, em São Paulo, o número 1 do Brasil e 108 do mundo perdeu a chance de continuar na briga pelo seu primeiro título de um torneio de alto nível no Brasil. Porém, ele se mostrou resignado com o revés para o argentino Federico Delbonis (61º do ranking) por 2 sets a 1. E ele preferiu por buscar no apoio irrestrito da torcida brasileira, que costumava sempre o criticar e vaiar nas derrotas, um motivo para comemorar.
Após demonstrar que não está abalado com a eliminação dentro
de casa, Thomaz demonstrou felicidade com a mudança de postura do público
brasileiro. No ano passado, na mesma quadra do Ginásio do Ibirapuera, ele saiu
debaixo de sonoras vaias ao ser eliminado nas oitavas de final do Brasil Open.
Desta vez a massa o aplaudiu durante toda semana, mesmo após ele deixar escapar a chance de ir à final. O
mesmo aconteceu na semana passada no Rio Open, quando ele foi eliminado do ATP
500 disputado no Rio de Janeiro nas quartas de final pelo número 4 do mundo, o
espanhol David Ferrer.
Com a ajuda da psicóloga do esporte Carla di Pierro, Thomaz
Bellucci, de 26 anos, vem tentando evoluir a sua parte mental como tenista.
Talentoso, ele ainda oscila muito quando a partida não apresenta um grau de
facilidade que o permita errar tanto. Ter evoluído nesse importante aspecto é considerado
por Bellucci como uma conquista nas duas semanas em que disputou competições no
Brasil.
Fonte:Globo
Foto:Gaspar Nobrega / Inovafoto
Nenhum comentário:
Postar um comentário