Carlos Augusto
O Boa Esporte é campeão da Série C do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, o time fez uma exibição incontestável e não deu chance alguma para o Guarani, com uma vitória por 3 a 0, na grande final da competição, no Estádio do Melão. No primeiro jogo, no Brinco de Ouro, os dois times haviam empatado por 1 a 1.
Apesar da grande decisão ser realizada na casa do time boveta, a torcida do Guarani era maioria no estádio, mas no fim, quem cantou foram os donos do campo, que comemoraram o primeiro título nacional de sua história.
Antes da disputa do título, os dois times asseguraram o acesso à Série B na disputa das quartas de final, assim como ABC e Juventude.
O Guarani teve a melhor campanha da fase classificatória, mas sofreu no mata-mata, quando passou pelo ASA, nas quartas, e pelo ABC, na semi, com vitórias heróicas nos jogos de volta após perder os primeiros confrontos. O Boa, por sua vez, terminou a competição com 16 jogos de invencibilidade. Conquistou o acesso em cima do Botafogo-PB e chegou à final ao superar o Juventude.
Ainda meio perdido em campo, o Guarani tentou embalar uma resposta na mesma intensidade, mas não mostrou eficiência na missão e viu o time da casa abrir o placar aos nove minutos. Romano fez um belo lançamento para Rodolfo, que invadiu a área pelo lado esquerdo e tocou para Samudio abrir o placar em Varginha.
Assustado após o início avassalador do Boa, o time do interior paulista conseguiu se recompor e teve uma boa chance aos 12 minutos, quando Eliandro bateu cruzou para uma grande defesa do goleiro Daniel. O problema é que um minuto depois os donos da casa jogaram um balde de água fria na reação bugrina. Fellipe Mateus recebeu de Daniel Cruz, ajeitou para a perna esquerda bateu colocado de fora da área para fazer o segundo.
Após os gols sofridos, o Guarani mostrou um pouco de nervosismo, mas logo conseguiu ficar com a bola no é e trocar passe. De qualquer maneira, o Boa estava bem postado defensivamente e dificultou bastante a vida dos bugrinos. Além disso, o time mineiro deu alguns sustos em jogadas de contra-ataques e mostrou soberania pelos lados dos campos, setor nos quais foram originados os dois gols.
No retorno para a segunda etapa, o Guarani entrou em campo tentando tomar a iniciativa, mas continuava com dificuldades para transpor a defesa adversária. A vontade não bastava e mesmo que o bugre tivesse a posse de bola, o Boa mostrava que tinha o controle da situação e seguia tranquilo com a vantagem no placar.
Aos 17 minutos, um lance determinou de vez o resultado da partida. O zagueiro Ferreira deixou o braço para cima de Rodolfo e foi expulso. Indignado com a expulsão, o jogador agrediu o árbitro, jogando-o para o chão com muita raiva. Ele teve que ser contido pelos companheiros e sobrou até para Auremir, que levou um golpe de Ferreira.
A expulsão deu um tom ainda mais dramático para o jogo e a maioria bugrina presente no Estádio foi calada pela massa boveta, alucinada pelo primeiro título nacional de sua história. Visivelmente abatido, o Guarani continuou com a bola nos pés, mas não conseguia levar perigo, nem mesmo em jogadas de bola parada, com Fumagalli. Por fim, ainda deu tempo do terceiro gol boveta, aos 38 minutos, marcado por Kaio Cristian.
Boa Esporte-MG = Daniel; Leonardo, Edson Borges, Bruno Maia e Romano; Escobar, Itaqui, Fellipe Mateus (Kaio Cristian) e Braian Samudio (Tchô); Daniel Cruz e Rodolfo (Jean Henrique)
Técnico: Ney da Matta
Guarani-SP = Leandro Santos; Lenon, Leandro Amaro, Ferreira e Gilton; Auremir, Wesley (Denis Neves) e Fumgalli; Pipico, Deivid (Régis) e Eliandro (Genilson).
Técnico: Marcelo Chamusca
Fonte:FI
Fotos:Marcos Ceará
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