terça-feira, 1 de novembro de 2016

Vadão não é mais técnico da seleção brasileira feminina; Emily assume




Carlos Augusto




Vadão não é mais o técnico da seleção brasileira feminina, após dois anos. A decisão foi feita diretamente pelo presidente CBF, que tem a ideia de seguir a tendência da Fifa e colocar um nome feminino no comando, assim como a Federação Internacional de Futebol tem feito. Por isso, Emily, que estava à frente do São José-SP, vice-campeão da Copa do Brasil 2016, assume e assegura o título de primeira mulher a comandar a seleção principal feminina do país. Outros integrantes da comissão técnica também saem junto com o Vadão, que mostrou tranquilidade com a decisão.

- Foi tranquila. A gente ja sabia. Sempre disse nas minhas entrevistas. Meu compromisso era até a Olimpíada. O presidente pediu para permanecer mais um pouco. Chegou agora e ele entendeu de fazer a troca, no caso a Emily, para que ela já trabalhasse no Torneio (Internacional de Manaus, em dezembro). Não foi feito nada escondido. Conversei a tarde inteira com o presidente (segunda). Tudo foi feito às claras.

- Termina da mesma maneira que entrei. Não tenho que me queixar de nada. Algumas meninas já me ligaram. Só tenho que agradecer ao presidente. Ele me deu tudo que pedi e precisei para melhorar a seleção. A gente melhorou a seleção. Antes tínhamos duas no exterior agora temos 20 - afirmou Vadão em entrevista ao GloboEsporte.com nesta terça.

Vadão foi comunicado através de um telefonema no final da manhã logo depois da técnica se reunir na entidade com Marco Polo del Nero. A situação já era estudada desde o final da Olimpíada, e Vadão estava "sob análise" do comandante máximo da entidade. Nesta terça, Del Nero definiu tão logo acertou os detalhes com a nova comandante.

Emily, que já comandou a seleção brasileira sub-17, será apresentada na próxima quinta-feira, na sede da CBF. A escolha coloca a seleção feminina em um novo momento de transição até mesmo em seu comando abaixo da presidência da CBF em relação ao comando do departamento da modalidade. Marco Aurélio Cunha, por exemplo, que assumiu como diretor executivo de futebol do São Paulo em setembro, ainda estuda se retorna ao posto mesmo tendo sido no início um afastamento temporário.

O primeiro desafio oficial de Emily será comandar a seleção brasileira no Torneio Internacional de Manaus. O Brasil estreia dia 7 de dezembro diante da Costa Rica. Depois terá pela frente Rússia, dia 11 de dezembro, e Itália, dia 14.

Confira o perfil da nova técnica da seleção feminina:

Emily Lima, 36 anos

Começou a carreira de jogadora no Saad Esporte Clube (SP). Passou por São Paulo (SP), São Bernardo (SP), Barra de Teresópolis (RJ) e Veranópolis (RS). Em 2003, seguiu para a Espanha, onde ficou por cinco anos para depois seguir para a Itália. Parou cedo de atuar aos 29 anos por uma lesão no joelho.  Emily fez parte ainda da primeira Seleção Brasileira Sub-17, em 1997. Na categoria principal, entretanto, jogou como volante da seleção portuguesa de 2007 a 2009.

Em 2010, assumiu como auxiliar na Portuguesa. No ano seguinte, foi para o Juventus para comandar o time feminino. Em 2012, treinou a parceria entre o clube e o São Caetano. No começo de 2013, Emily esteve à frente da sub-17. Em 2014, pediu seu desligamento para se dedicar ao São José-SP. À frente da equipe paulista, Emily foi vice-campeã da Copa do Brasil 2016 na última quinta-feira. Com o time, assegurou os Jogos Abertos e dos Regionais de São Paulo de 2014 e 2015, além do Campeonato Paulista de 2014. Recentemente Emily fez o Curso Licença B da CBF Academy. 

Fonte:Globo
Por:Cintia Barlem

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