quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Fabiana Murer esquece trauma do Ninho do Pássaro e é prata em Pequim




Beat Reusser
Todos sabiam que Fabiana Murer carregava a maior chance de medalha do Brasil no Mundial de Atletismo de Pequim. Mas, com sua história com o Ninho do Pássaro ainda viva na memória, era difícil evitar colocar um asterisco quando se falava da brasileira como favorita na prova de salto com vara. Essa apreensão, porém, era desnecessária.

A campeã mundial de 2011 mostrou porque é uma das principais atletas da prova nos últimos dez anos. Saltando com convicção, ela conquistou o vice-campeonato do salto com vara. E agora acumula quatro medalhas em mundiais: ela também é campeã mundial indoor, em 2010, e foi terceira colocada em 2008.

Para chegar à medalha de prata, superou algumas das melhores do mundo. Incluindo a norte-americana Jennifer Suhr, atual campeã olímpica, que não passou dos 4,80m. A única que a superou foi a cubana Yarisley Silva, que chegou à China como campeã mundial e líder do ranking de 2015, com 4,91m. Para vencer, ela saltou 4,90m, após falhar em suas duas primeiras tentativas - e ainda tentou quebrar o recorde do Mundial, saltando 5,01m. O bronze ficou com a grega Nikoleta Kyriakopoulou.

No Ninho do Pássaro, Fabiana fez algo que nenhum brasileiro em Pequim tinha conseguido até agora: a melhor marca de sua carreira. Algo que ela não conseguia há quatro anos. Com 4,85m, ela igualou o recorde sul-americano, dela mesmo, de 2010 (que ela já tinha igualado na final do Mundial de 2011).

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