quinta-feira, 20 de março de 2014

Morre Bellini, responsável por imortalizar gesto de levantar taça de campeão






Carlos Augusto





Morreu ao final da tarde desta quinta-feira o primeiro homem a erguer uma taça de campeão mundial de futebol. Hideraldo Luís Bellini, capitão da seleção brasileira na Copa de 1958, faleceu aos 83 anos, em São Paulo. O ex-jogador sofria do Mal de Alzheimer há uma década e estava internado em estado grave no Hospital Nove de Julho desde a última terça. O horário da morte foi entre 17h30 e 18h. Ele será enterrado em Itapira, no interior paulista, sua cidade natal.

Bellini foi o responsável por criar o gesto de levantar o troféu de campeão do mundo sobre a cabeça. O ato, feito para atender a um pedido dos fotógrafos após a vitória do Brasil por 5 a 2 sobre a Suécia, foi ali imortalizado. Desde então, é repetido por outros capitães em todo o planeta.
 
Um dos líderes do elenco brasileiro em 1958, o zagueiro esteve também na conquista do bi, quatro anos mais tarde, no Chile. Ele disputou também o Mundial de 1966, na Inglaterra, quando a seleção nacional caiu na primeira fase.
 
O ex-jogador começou sua carreira no pequeno Itapirense, time da cidade onde nasceu, e passou ainda pelas categorias de base do Sãojoanense, de São João da Boa Vista, antes de chegar ao Vasco, onde ficou de 1952 a 1961. Após 11 anos e três títulos cariocas, Bellini é até hoje considerado um dos maiores zagueiros da história do clube cruz-maltino.
 
A sequência da carreira foi no São Paulo. Mas, em uma fase de vacas magras devido à construção do Morumbi, Bellini não conquistou nenhum campeonato de 1962 a 1967, a seis temporadas que passou no time paulista. Em 1968, foi para o Atlético-PR, onde se aposentou no ano seguinte.
 
Com a morte de Bellini, apenas sete campeões de 1958 estão vivos: Zito, Zagallo e Pepe, Pelé e Dino Sani, Moacir e Mazzola.
 
“Me encontra no Bellini”
 
É atribuída a Bellini a estátua que fica em frente à entrada principal do Maracanã. O monumento, que homenageia todos os campeões mundiais de 1958, é tradicional ponto de encontro entre torcedores cariocas. Mesmo sem retratar especificamente o ex-zagueiro, a fama pegou e “me encontra no Bellini” se tornou frase comum entre os frequentadores do estádio.

Fonte: IG
Fotos: Gazeta

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