Carlos Augusto
Ainda não foi dessa vez que o futebol mexicano conquistou a sua primeira Copa Libertadores. Na noite desta quarta-feira, o River Plate fez valer o fator casa e, diante de um Estádio Monumental completamente lotado, venceu o Tigres, por 3 a 0. Já garantido no Mundial de Clubes por conta do regulamento da Conmebol, o Millonários acabou com um jejum que durava 19 anos.
Na partida de ida, realizada na semana passada no Estádio Universitário de Monterrey, os dois times fizeram uma partida equilibrada e terminaram no empate sem gols. E na Argentina não foi diferente. Em uma das poucas chances criadas, o River marcou com Lucas Arios, Carlos Sánchez e Funes Mori, e garantiu o terceiro título do clube argentino, estragando o sonho do México em erguer o troféu pela primeira vez na história. Vale lembrar que na final não existe vantagem de marcar gols fora de casa.
E pensar que o River Plate se classificou para as oitavas de final graças ao Tigres na última rodada. Ambos estavam no Grupo 6. Não dependendo de suas próprias forças, o time argentino venceu o San José e contou com uma vitória dos mexicanos sobre o Juan Aurich para avançar.
A partida começou com os dois times se estudando bastante e a torcida que lotava o Monumental levou um susto aos 14 minutos. Funes Mori saiu jogando errado, Rafael Sobis ficou com a bola e passou para Gignac, que ia saindo na cara de Barovero, mas não conseguiu fazer o domínio. A melhor chance do jogo viria logo depois.
Damm fez grande jogada individual pela direita, invadiu a área e cruzou para Gignac. Na marca do pênalti e livre de marcação, o atacante do Tigres chegou atrasado e não conseguiu desviar com força. O River tinha mais posse de bola, mas não conseguia invadir a área do adversário. A partida era bastante truncada e marcada por muitas faltas, tanto que, aos 30 minutos, o Tigres havia recebido quatro amarelos e o River um.
A primeira fez que o time mexicano chegou realmente na área adeversária foi apenas aos 38. Funes Mori lançou Cavenaghi, que ganhou na velocidade do zagueiro. No entanto, Guzmán estava atendo e saiu bem do gol. E quando parecia que o primeiro tempo terminaria empatado, o River fez a festa dos torcedores.
Aos 44 minutos, Vangioni fez boa jogada individual, deixou o adversário para trás e cruzou na marca do pênalti. Lucas Alario se antecipou ao zagueiro e cabeceou no cantinho de Guzmán, que se esticou todo e não conseguiu fazer a defesa. O gol levou o Monumental abaixo.
Em vantagem no placar, o River Plate voltou do intervalo procurando administrar a posse de bola, enquanto o Tigres não conseguia escapar da forte marcação argentina. O duelo seguia bastante truncado e os jogadores do Millonários abusavam da famosa "catimba argentina" para irritarem os adversários.
O balde de água fria no Tigres, que tentava dominar a partida, veio aos 29 minutos. Sánchez aproveitou jogada errada da zaga adversária e foi derrubado dentro da área. O meia cobrou com categoria e apenas deslocou o goleiro Guzmán. A torcida, que via o título e o fim do jejum de 19 anos cada vez mais perto, fez a festa no Monumental.
E o caixão foi fechado aos 33 minutos. Após cobrança de escanteio, Funes Mori subiu mais que todo mundo e cabeceou por baixo das pernas de Guzmán. O terceiro gol do River descontrolou os jogadores do Tigres, que começaram a procurar confusão.
Fotos:Futebol Interior e Juan Mabromata/AFP
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