quarta-feira, 31 de agosto de 2016

No Surf - No caminho rumo ao topo em Trestles, Medina pega na estreia Alex e Melling




Carlos Augusto




Cinco anos após o mundo se assombrar com o domínio brasileiro nas ondas de Trestles, dando origem ao termo "Brazilian Storm" (Tempestade Brasileira) para batizar a "geração de ouro" do surfe nacional, 10 representantes do Brasil brigam pelo caneco na oitava etapa do Circuito Mundial. Atual líder do ranking, com 39.900 pontos, o havaiano John John Florence luta para defender a ponta diante das ameaças do australiano Matt Wilkinson (36.000), em segundo lugar, e do brasileiro Gabriel Medina (35.700), em terceiro. O paulista de São Sebastião inicia a caminhada rumo ao topo diante de Alex Ribeiro (38º), da Praia Grande (SP), e do australiano Adam Melling (22º). Após um ano traumático, o aussie Mick Fanning, que vive um 2016 quase sabático, escolhendo apenas os eventos que mais gosta para competir, é o defensor do título do pico na Califórnia. O campeão receberá 10.000 pontos, enquanto o vice ganha 8.000 na reta final desta temporada.

Terceiro colocado no Taiti, Gabriel Medina pode assumir a liderança do ranking mundial em Trestles (Foto: Divulgação)

Diferentemente do que ocorreu no WQS Prime de Trestles, em 2011,quando o Brasil teve sete surfistas e terminou com Miguel Pupo como o primeiro brasileiro campeão no local, as chances do país aumentam para a disputa válida pela elite. Medina também venceu uma etapa da Divisão de Acesso, um ano depois de Miguel. Em 2014, foi a vez de Filipe Toledo erguer a taça no Lower Trestles Pro. Até o momento, nenhum brasileiro ainda venceu a disputa na elite. 

Atual campeão mundial e vice em Trestles, o paulista Adriano de Souza, terá pela frente na estreia Wiggolly Dantas e o australiano Matt Banting. A final do ano passado foi o melhor resultado de um brasileiro no local. O país já chegou seis vezes às semifinais do campeonato na Califórnia, com Guilherme Herdy (2000 e 2002), Victor Ribas (2003), Heitor Alves (2011), Adriano (2012), Filipinho e Medina (2015). Em sétimo lugar do ranking, com 24.900 pontos, Mineirinho poderá subir para quarto do mundo, se vencer ou ficar em segundo colocado.

Mick Fanning é o defensor do título nas ondas de Trestles, onde ele é bicampeão (2015 e 2009) (Foto: WSL)

O mesmo ocorre com o americano onze vezes campeão mundial Kelly Slater. Depois de quebrar um jejum de três anos, desde Pipeline 2013, ao ser campeão da sétima etapa do Tour, em Teahupoo, no Taiti, o mito de 44 anos subiu para oitavo e já é um perigo aos rivais no topo da tabela. Ainda mais em Trestles, onde ele é o recordista em vitórias, com seis troféus - vale relembrar também as suas oito finais no pico, sendo cinco seguidas, de 2004 a 2008. Slater faz a sua estreia contra o francês Jeremy Flores e o "local" Filipe Toledo, que tem o pico como seu quintal desde que trocou Ubatuba, no litoral paulista, por San Clemente, na Califórnia.

Após a disputa em Trestles, Estados Unidos, que acontece entre os dias 07 e 18 de setembro, vão restar apenas três etapas: Landes, na França, de 4 a 15 de outubro, Peniche, em Portugal, entre 18 e 29 de outubro, e o Pipeline Masters, no Havaí, a derradeira de 11 paradas da temporada de 2016, de 8 a 20 de dezembro.

Confira as baterias da 1ª fase em trestles

01: Jordy Smith (AFS) x Nat Young (EUA) x Keanu Asing (HAV)
02: Julian Wilson (AUS) x Kanoa Igarashi (JPN) x Ryan Callinan (AUS)
03: Adrian Buchan (AUS) x Miguel Pupo (BRA) x Kai Otton (AUS)
04: Gabriel Medina (BRA) x Adam Melling (AUS) x Alex Ribeiro (BRA)
05: Matt Wilkinson (AUS) x Conner Coffin (EUA) x a definir 
06: John John Florence (HAV) x Davey Cathels (AUS) x a definir
07: Adriano de Souza (BRA) x Wiggolly Dantas (BRA) x Matt Banting (AUS)
08: Kelly Slater (EUA) x  Filipe Toledo (BRA) x Jeremy Flores (FRA)
09: Italo Ferreira (BRA) x Caio Ibelli (BRA) x Jack Freestone (AUS)
10: Mick Fanning (AUS) x Joel Parkinson (AUS) x Jadson André (BRA)
11: Kolohe Andino (EUA) x Josh Kerr (AUS) x Stuart Kennedy (AUS)
12:  Sebastian Zietz (HAV) x Michel Bourez (TAH) x Alejo Muniz (BRA)

Fonte:Globo

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