sábado, 3 de janeiro de 2015

Na Formula-1 - FIA admite brecha em regra e libera desenvolvimento de motores em 2015






Carlos Augusto





A FIA resolveu atender a uma das principais reivindicações das equipes que disputam a Fórmula 1. A entidade máxima do automobilismo admitiu que há uma brecha na regra de congelamento dos motores, que só permite alterações nos V6 turbo durante a temporada por questões de confiabilidade, segurança ou economia financeira - vetando mudanças por razões de desempenhos. A partir de agora, Renault (que fornece para RBR e STR), Ferrari (Ferrari e Sauber) e Mercedes (Mercedes, Williams, Force India e Lotus), fabricantes de motores que homologaram o V6 turbo em 2014, poderão seguir desenvolvendo os seus propulsores ao longo de 2015. 

Equipes poderão continuar desenvolvendo motor V6 turbo ao longo da temporada 2015 (Foto: Divulgação)
O regulamento da categoria estipulava que as fabricantes poderiam modificar o equivalente a 48% das peças de seus motores (32 de 66 elementos) durante o intervalo entre as temporadas 2014 e 2015. A vontade da FIA, no entanto, era que todas as mudanças fossem homologadas antes do início do campeonato, na Austrália, em 15 de março. Porém, nenhuma data foi apresentada de forma explícita no texto. A Ferrari e a Renault utilizaram a omissão desta informação para argumentar sobre a existência de uma brecha, que foi finalmente reconhecida pelo diretor de provas Charlie Whiting em comunicado enviado às equipes no Natal.

No entanto, a brecha na regra do congelamento para 2015 não será aplicada à Honda, que retorna à Fórmula 1 nesta temporada, como fornecedora exclusiva da McLaren. De acordo com Whiting, a fabricante japonesa precisa homologar seu motor até o próximo dia 28 de fevereiro, mesma data em que as concorrentes foram obrigadas a apresentar seus propulsores no ano passado, como forma de propiciar um tratamento justo e igualitário. A Honda só poderá fazer modificações após cumprir uma temporada sem alterações, como ocorreu com as demais em 2014.

O motor V6 turbo da Mercedes dominou completamente a temporada 2014 da Fórmula 1 (Foto: Reprodução)
Ao longo da última temporada, as escuderias reclamaram sobre as dificuldades impostas por causa do congelamento dos motores. No entanto, a Mercedes, que dominou todo o campeonato, votou contra a proposta de flexibilizar a regra, temendo perder a hegemonia conquistada após a adoção do V6 turbo. O regulamento da Fórmula 1 estipula que a porcentagem de modificações no motor, introduzido na temporada passada em substituição aos antigos V8 aspirados, deve diminuir gradualmente a cada ano. As fabricantes poderão mudar apenas 38% de suas peças em 2016; 30% em 2017; 23% em 2018, e 5% em 2019 e 2020.

Fonte:Globo
Fotos:Divulgação/reprodução

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