Carlos Augusto
O Vitória aproveitou bem o triunfo de atuar dentro do estádio Manoel Barradas, o Barradão, para vencer o rival Bahia, por 2 a 0, neste domingo à tarde, revertendo a vantagem do rival. É que o Tricolor entrou na decisão com a vantagem de jogar por dois resultados iguais por ter melhor campanha. Agora o rubro-negro é quem pode empatar na volta, no outro domingo, na Arena da Fonte Nova. Ou até mesmo perder por um gol de diferença, porque o saldo de gols também vale como critério de desempate.
Este foi um duelo do melhor ataque, do Bahia, com 22 gols, contra a melhor defesa, do Vitória, com apenas seis gols. Se deu melhor o time orientado por Vagner Mancini em cima de Doriva, que ficou “queimado” desde que trocou a Ponte Preta pelo são Paulo ano passado, de forma abrupta e muito mal explicada.
O Bahia busca o tricampeonato seguido, o que não acontece desde a década de 1980. Isso aconteceu entre 1986 e 1988, tanto em 88 o time ainda sagrou-se campeão brasileiro. O Barradão se tornou o maior trunfo do Vitória, que venceu todos os jogos que fez diante de sua torcida.
Mesmo com o garoto Caíque de apenas 18 anos no gol no lugar de Fernando Miguel machucado, o Vitória foi um time corajoso. Abriu o placar após 23 minutos numa cobrança de pênalti de Diego Renan, capitão do time e que teve calma de esperar a queda de Marcelo Lomba do lado direito para bater do outro lado.
O lance do pênalti foi legal. Atrapalhado no lance, Tinga chegou empurrando por trás a Vander. O juiz gaúcho Da Ronco estava perto e marcou com convicção. Fez bem.
O Bahia não reagiu. E ainda sofreu o segundo gol aos 42 minutos. Vander arrancou pelo lado esquerdo do ataque e fez o breque. Depois rolou para trás e Amaral pegou o chute de chapa, com rara felicidade, colocando no ângulo de Marcelo Lomba, ligeiramente adiantado.
O curioso é que o Bahia só criou chances reais de gol depois de estar perdendo por 2 a 0. Aos 43 minutos Caíque defendeu chute de Edgar Junio e no minuto seguinte mandou para escanteio uma bomba disparada por Thiago Ribeiro, sempre fora de forma.
No segundo tempo, o Vitória entrou para “cozinhar o esquadrão de Aço”. Com óleo de dendê e tudo mais. Deu certo, porque o técnico Doriva não conseguiu mudar o panorama do jogo mesmo com suas mudanças. Um time apático, abaixo das expectativas. O Vitória foi mais faltoso, por isso mesmo, recebeu alguns cartões amarelos. Mas segurou o resultado e levou a vantagem para o jogo de volta.
Vitória: Caíque; Welison, Victor Ramos, Ramon e Diego Renan; Amaral (Marcelo), Willian Farias e Leandro Rodrigues (Flávio); Vander (Alípio), Marinho e Kieza.
Técnico: Vagner Mancini
Bahia: Marcelo Lomba; Tinga, Lucas Fonseca, Eder e Moisés; Feijão, Danilo Pires e Juninho (Gustavo Blanco); Thiago Ribeiro (Henrique), Hernane e Edigar Junio (Luisinho).
Técnico: Doriva
Fonte:FI
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