Fonte Nova um ano depois da trajédia

Por: Saulo Rondinelli.
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Um ano após a fatalidade, o que se vê é um local abandonado. Apesar dos planos para a construção de um novo estádio, as obras só devem começar em 2010. Enquanto isso, a Fonte Nova está entregue aos moradores de rua, envolvida na atmosfera melancólica de quem um dia deu brilho a Salvador. (Foto: Lílian Marques / iBahia.com)
Os engenheiros detectaram a causa do acidente: falta de manutenção na maior arena esportiva da capital baiana. Os engenheiros tiveram acesso ao local dois dias depois do acidente.

O resultado do laudo: a queda de parte da arquibancada foi provocada pela total falta de manutenção, como mostram as fotos anexadas ao documento. “Primeiro foi o desplacamento do concreto. Segundo foi um número excessivo de infiltrações em toda a armadura do concreto. Terceiro: toda a exposição da ferragem”, afirma o presidente do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), Jonas Dantas.

Cinco famílias receberam um seguro e apenas duas foram indenizadas. O inquérito ainda tramita na justiça para apurar quem são os culpados pela tragédia da Fonte Nova. Cinco pessoas foram indiciadas: Raimundo Nonato, o Bobô, presidente da Sudesb; o engenheiro Nilo dos Santos; o diretor técnico da CBF, Virgílio Elísio; Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol e Petrônio Barradas, presidente do Bahia. No entanto, Bobô e Nilo dos Santos são os únicos que respondem por crime culposo (quando não há intenção de matar). Os outros tiveram os nomes retirados do processo.