sábado, 17 de setembro de 2011

Ilhéus e o esporte.



Chico Andrade é Geógrafo, professor,
escritor e cientista político.




Os olhos do mundo, como se sabe, estão voltados para o Brasil. Integrante do grupo de nações conhecido como BRIC, que reúne ainda a China, a Índia e a Rússia, nações emergentes que vem se destacando no cenário econômico mundial, o Brasil da atualidade possui enorme importância no novo contexto geopolítico global, e o novo papel exercido pelo pais em tempos de globalização econômica e cultural possibilitou o surgimento de fatos inéditos, como a vitória da candidatura brasileira para sediar a copa do mundo de futebol e a olimpíada.

A exemplo dos Estados Unidos, que sediou a copa do mundo de 1994 e, em sequência, sediou a olimpíada de 1996, o Brasil, vinte anos depois, repetirá o feito sediando a copa do mundo de futebol de 2014 e as olimpíadas de 2016, que terá como sede a cidade do Rio de janeiro. Diante da grandiosidade, da importância e do ineditismo dos fatos, o pais vivência uma espécie de explosão cultural e esportiva, em que milhares de cidades de cada uma das regiões brasileiras aproveitam o momento para reforçar sua infra estrutura, incentivar a pratica de esporte e ajudar os jovens, formando futuros atletas e cidadãos conscientes do papel que devem exercer para a construção de uma sociedade melhor.

Diante de tal contexto, o mínimo que a população Ilheense espera é que a cidade aproveite a onda de progresso que o Brasil vivência, e desenvolva, dentro de suas possibilidades, projetos sociais que incentivem o esporte e reforcem a cidadania. Por enquanto, infelizmente, nada disso vem ocorrendo. Os jovens skatistas, por exemplo, são obrigados a praticar o esporte na praça JJ SEABRA, correndo o risco de acidentes, já que a pista de skate foi destruída e não se consegue o incentivo adequado. Os outros esportes, mesmo os mais populares como o vôlei e o futebol, também sofrem com a ausência de investimentos e o descaso das autoridades com os atletas amadores e profissionais. Ilhéus é uma cidade cuja população é formada de gente inovadora, que valoriza a arte, a cultura e os esportes. Possui na superintendência de esportes do município o atleta mestre e doutor Beto krushewsk, que muito tem se esforçado para melhorar a situação do município, e merece nossos aplausos, nossa admiração e reconhecimento.

Contudo, o que fica alem de nossa compreensão é o fato de Ilhéus não possuir uma secretaria de esportes, e deixar o competente Beto Krushewsk relegado a condição de superintendente, sem contar com os recursos que deveria para implantar projetos que favorecessem o esporte e a cultura.

Ao não valorizar de forma adequada a elaboração de políticas publicas que favoreçam o esporte e a cidadania, as autoridades ilheenses fazem com que o município esteja na contramão do contexto nacional, e prestam um desserviço a sociedade. Algo inadequado, absurdo e incompreensível.

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