Carlos Augusto acompanhado a F-1
Depois do silêncio com o Rubens Barrichello se ele vai ou não sair da Honda, em novembro, fazer testes com os dois brasileiros Bruno Senna e Luca Di Grassi, e para dezembro, novo teste com Bruno e Rubens devido a sua experiência profissional.
Um anúncio bombástico é esperado para esta sexta-feira (5) no Japão. A Honda vai informar o fim de suas operações na F-1, como resultado imediato de dois fatores que aparentemente não têm relação direta, mas acabam funcionando como justificativa diante de seus acionistas: 1) os péssimos resultados nos últimos dois anos na categoria, com ridículos 20 pontos somados apesar dos cerca de US$ 400 milhões gastos por temporada; 2) a crise financeira mundial, que resultou numa forte retração nas vendas da montadora, especialmente no recessivo mercado americano, com queda de 32% nas vendas.
O anúncio deve acontecer às 13h30 de sexta (2h30 de Brasília).
A equipe de F-1, sucessora da BAR, sediada em Brackley, na Inglaterra, não vai necessariamente fechar as portas. Mas, já há uma frenética atividade no departamento pessoal do time, com muitos de seus funcionários disparando e-mails para outras equipes oferecendo seus préstimos profissionais. Para continuar existindo, a ex-BAR teria de sair atrás de patrocínios para pagar os custos da operação. Ou de um comprador. Nas últimas duas temporadas, a Honda não teve patrocinadores. Correu fazendo campanha ecológica.
O anúncio da Honda afeta diretamente dois pilotos brasileiros, que estavam escalados para os testes de Jerez de la Frontera na semana que vem: Bruno Senna e Rubens Barrichello. O recordista de GPs disputados, que teria sua última chance de permanecer na F-1 a partir dos resultados desses treinos, já teria sido avisado pelo time de que sua participação na sessão coletiva foi cancelada. Bruno espera o desenrolar dos acontecimentos, mas por via das dúvidas já reativou seus contatos com a Toro Rosso.
Também no Brasil, a Petrobras, que assinou com a Honda como fornecedora de combustível e patrocinadora para 2009, espera pelo anúncio da montadora para saber que rumo tomar. Caso o desfecho seja o esperado, o fim das operações oficiais da montadora na categoria, o contrato deve ser rescindido.
A F-1 tem hoje apenas dez equipes disputando o Mundial. Começou a temporada com 11, mas antes do GP da Turquia a Super Aguri, que até 2007 era integralmente financiada pela Honda, fechou as portas e teve todos seus equipamentos vendidos, inclusive através de prosaicos leilões no eBay. Se a Honda fechar de vez, serão nove times, 18 carros, no grid do GP da Austrália que abre a temporada do ano que vem.
A Honda prometeu a Fry e Brawn suporte financeiro por três meses, caso o time queira continuar testando e desenvolvendo alguma coisa. Depois disso, tchau. Imediatamente Brawn iniciou contatos com a Ferrari, para saber se há alguma possibilidade de arranjar uns motores, agora que os italianos deixaram de fornecer para a Force India (que se associou à McLaren e à Mercedes).
A Honda é a primeira a desertar. A Toyota pode seguir o mesmo caminho. A Renault, entra ano, sai ano, tem sua permanência colocada em dúvida. E assim caminha a humanidade. Gastam os tubos. Quando chega a conta e é preciso economizar, simplesmente fecham.
Mais uma vez a Honda abandona a F-1, com esta crise financeira assolando o mundo claro iria chegar nos bastidores da Formula-1, agora entendo porque Max Mosley, nuca quis ficar refém das montadoras, poderiamos ter três ou quatro pilotos em 2009, com a saída da Honda do circulo, tudo indica que só teremos dois pilotos brasileiros na Formula-1 em 2009.
Carlos Augusto radialista na cidade de Ilhéus-BA.
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