domingo, 20 de março de 2011

NO TOQUE DA BOLA...



TRISTE RETRATO DO FUTEBOL PROFISSIONAL DE ILHÉUS





Os diretores do Colo-Colo, equipe que fez história no Campeonato Baiano, têm feito de tudo para enterrar o futebol de Ilhéus. Conseguiam levar, a trancos e barrancos, fruto da sua incompetência, um ano que teve patrocínio da televisão e outros apoios diretos, muitos deles fruto do desprendimento de empresários que amam o nosso futebol. Até aí, esperávamos saber quando estas pessoas iriam largar o barco, para que outros timoneiros pudessem dar a sua parcela de contribuição. Agora, com o acontecido nesta quinta-feira, dia 17/03, tarde/noite negra, é preciso que passemos da simples espera a uma ação mais concreta, ou o barco vai afundar, e junto com eles nossas aspirações esportivas.

O fato que aconteceu no Estádio Mário Pessoa no fim da tarde da última quinta feira, dia 17/03, é absurdo, inexplicável, inadmissível, e mostra a degradação ética de uma equipe com tanta história. Vamos expor isso de forma pontual, para que detalhes não fujam ao leitor.

01. Era discutida na quinta feira uma possibilidade de greve dos jogadores por conta de salários atrasados de dois meses. Isso mesmo, tem gente que chegou ao Colo-Colo e nunca recebeu um salário. Logicamente, que, o regime é presidencialista, para não dizer ditatorial, e ninguém vai confirmar. Mas, apesar do dinheiro que entrou, o atraso é esse mesmo, dois meses.

02. Os jogadores estavam esperando o treino, e alguns “dirigentes” discutiam a “possibilidade” de pagar “parte” do salário, sempre empurrando o resto para depois. Dirigentes entre aspas é o mínimo que se pode fazer ao descrevê-los. Esta prática é rotineira no clube, quando profissionais ficam depois do Campeonato em romaria para receber seus salários ou prêmios. A comissão técnica de 2010 sabe do que se está falando.

03. Convidado, um dos atletas se aproximou de um grupo de três dirigentes, dentre eles Marcelo dos Anjos, “Bisa” e Márcio (Bodão). Argumentou literalmente com as mãos para trás, e recebeu um sonoro tapa, que o fez ir ao chão, depois sendo seguro pelo senhor conhecido por Bisa na sua reação. O próprio jogador reagiu e outros partiram para defendê-lo, o que fez Márcio fugir. Outro, o Supervisor, um rapaz correto, partiu em defesa do jogador, o que comprova que houve premeditação. Pergunta-se: Que pessoas são essas que preparam uma agressão a um jogador? Como esses senhores chegaram a fazer parte de um clube com a história do Colo-Colo? Como um presidente pode permitir uma coisa dessas?

04. Após a agressão, alguns jogadores choravam e diziam não ter que passar por uma coisa dessas. Estar sem jogar, e ainda ter que ver um colega, pai de família, ser agredido covardemente, era demais, diziam eles.

05. O que aconteceu depois? Nada. Os mesmo diretores estão aí, o presidente do Clube não falou nada sobre o assunto, não deu uma declaração, como lhe é peculiar. Só vai em público para pedir ou dizer que alguém não o está ajudando, que o Colo-Colo sofre. É bom em articular as palavras, mas não aparece na hora que deve, como fez com os jogadores, a quem não dava satisfações, apesar do atraso no pagamento.


Quem perdeu? Ilhéus, que tem um time de pessoas que não pagam seus funcionários com o deveriam e ainda os agride. Quando essa diretoria sair, e esperamos seja logo, quem vai querer jogar por aqui, numa equipe onde a intriga e a falsidade fazem parte do dia a dia?

Difícil determinar o prejuízo. O certo é que o título, que caiu no colo dessas pessoas, se perdeu na sua incompetência. O que ficou? A vergonha, o atraso, o despreparo!

Nenhum comentário: