Carlos Augusto
O ataque de tubarão a Mick Fanning na final da etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, ligou o alerta sobre o perigo aos quais estão submetidos os tops da elite e levou a Liga Mundial de Surfe (WSL) a adotar uma série de medidas de segurança. Além de um maior monitoramento das águas com fiscais, câmeras, helicópteros e jet skis com sonares, monitores e luzes, será usada pela primeira vez em J-Bay a "boia inteligente". A tecnologia foi desenvolvida pela empresa australiana Sistemas de Mitigação de Tubarões de Perth (SMS). Segundo a SMS, todos os peixes do oceano têm uma "impressão digital". Assim, o objeto flutuante detecta a presença de tubarões e envia os sinais em uma rede sem fios para uma base na costa.
"Boia inteligente": através de impressão digital de peixes, sinais detectam tubarões (Foto: Reprodução/Youtube) |
A sexta de 11 etapas do Circuito Mundial de 2016, em J-Bay, vista como um dos lugares de maior risco de ataques no Tour, ao lado de outros picos como Margaret River, no Oeste da Austrália, tem a janela aberta de 6 a 17 de julho. Os primeiros testes, realizados em Bondi Beach, nos subúrbios de Sydney, foram aprovados.
Momento em que tubarão se aproximou de Mick Fanning na final de J-Bay (Foto: Divulgação / WSL) |
Em abril deste ano, nos treinos para Maragret, surfistas como Caio Ibelli, Wiggolly Dantas e Kanoa Igarashi viram um grande tubarão e saíram logo do mar. O susto fez a WSL reforçar a proteção, colocando dois jet skis com sonares no line-up, estratégia que será usada também na África do Sul, ao lado das boias para detectar a presenças de animais e possíveis ameaças.
Todos os 34 atletas do CT votaram pela permanência de J-Bay no calendário, com exceção do paulista Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, e do potiguar Jadson André. Como a final do ano passado precisou ser interrompida por conta do ataque, não houve vencedores.
Fonte:Globo
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