sexta-feira, 22 de julho de 2016

Bolt vence nos 200m em Londres e se prova em forma para o Rio




Beat Reusser
Usain Bolt lida com a pressão a cada evento que disputa. Homem a ser batido nas provas mais nobres do atletismo desde 2008, teve que encarar a desconfiança várias vezes ao longo de seu reinado - fosse por lesões ou por grandes atuações de seus adversários. Nesta sexta-feira, no palco que o consagrou bicampeão olímpico, a largada queimada pelo americano Sean McClean aumentou ainda mais a tensão.

Depois, o próprio Raio recebeu cartão verde por se mexer no bloco antes da largada. Mas, passado o susto, o recordista mundial mostrou mais uma vez provou que seu desempenho nas pistas é o que importa. Nos 200m da etapa de Londres da Diamond League, o jamaicano cravou 19s89, venceu a disputa com folga e mostrou ao mundo que chegará voando na Rio 2016. O panamenho Alonso Edward terminou em segundo com 20s04, seguido pelo britânico Adam Gemili, que cruzou em terceiro ao anotar 20s07.


Fora da Rio 2016, Kendra Harrison quebra recorde de 28 anos

Kendra Harrison cruzou a linha de chegada sem ter noção do seu feito. Inicialmente, o cronômetro havia apontado 12s58. Quando o tempo foi corrigido, precisou ser avisada pelas adversárias, e então desabou no chão. Os 12s20 que brilhavam no telão no Estádio Olímpico de Londres a tornavam a mais nova recordista mundial dos 100m com barreiras. 

Conquista que ganha ares ainda mais surpreendentes pelo fato da atleta estar fora dos Jogos do Rio. Na seletiva americana, realizada em Eugene, no início do mês, a barreirista foi apenas a sexta colocada - as vagas ficaram com Brianna Rollin, Kristi Castlin e Nia Ali. O antigo recorde de 12s21 foi estabelecido pela búlgara Yordanka Donkova no dia 20 de agosto de 1988.



Com prata, Ana Cláudia volta ao 4x100m

É como se fosse uma espécie de recomeço do revezamento 4x100m do Brasil. Principalmente porque o ano olímpico foi muito mais conturbado do que Ana Cláudia Lemos poderia esperar. Flagrada em exame antidoping, a cearense era considerada um dos pilares brasileiros para o 4x100m feminino. Com o fim da suspensão de cinco meses, a velocista finalmente voltou à compor o quarteto verde-amarelo nesta sexta-feira e não escondeu o alívio após deixar a pista.

Na etapa de Londres da Diamond League, principal circuito do atletismo mundial, a equipe formada também por Kauiza Venâncio, Bruna Farias e Rosângela Santos ficou em 2º lugar. Apesar de a prova não ter tido a presença de potências como Estados Unidos e Jamaica, o tempo de 42s59 foi muito celebrado. É a melhor marca do país desde 2013. O quarteto britânico venceu a disputa com 41s81, tempo que o coloca na liderança do ranking mundial no ano. O bronze ficou com a França, com 42s84.

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