quarta-feira, 16 de março de 2016

No Surf - Filipinho se machuca na semi e acaba eliminado por australiano na Gold






Carlos Augusto






Filipe Toledo não abre mão da sua radicalidade nas ondas. Geralmente, a atitude destemida gera grandes manobras e vitórias, mas, na noite desta terça-feira (manhã de quarta na Austrália), durante a semifinal da etapa de abertura do Circuito Mundial de 2016, se jogar com tudo em uma aéreo acabou gerando uma contusão na virilha que foi determinante para que Filipinho fosse eliminado pelo australiano Matt Wilkinson, ao perder por 14.43 a 13.27 a luta por uma vaga na final da etapa da australiana Gold Coast. A dificuldade do jovem paulista de 20 anos era evidente, como foi constatada ao ele sair do mar amparado pelo pai e treinador, Ricardinho Toledo (assista ao vídeo). Mesmo assim, a vitória de Wilko só veio com uma onda nota 6.60 que rendeu uma virada quando faltavam três minutos de bateria. Após ser atendido por um médico da Liga Mundial de Surfe (WSL), Filipe foi levado a um hospital para ser submetido a exames de imagem. 

Filipe Toledo deixa o mar amparado por seu pai e técnico, Ricardinho Toledo (à esquerda) (Foto: Kirstin Scholtz/WSL)

Filipe Toledo era o único brasileiro ainda vivo na Gold Coast. Além de Mineirinho, que foi eliminado nas quartas de final por Wilkinson, outros sete representantes do Brazilian Storm foram eliminados em dias anteriores: Caio Ibelli, na quinta fase, em nono lugar, Gabriel Medina, Italo Ferreira, Wiggolly Dantas e Jason André, na terceira fase, dando adeus em 13º, e, por fim, Miguel Pupo e Alex Ribeiro, na segunda fase, se despediram na 25ª colocação.

Após descolar 6.17 na sua primeira onda da semifinal, Filipinho dropou uma segunda, arriscou um aéreo alto e acabou errando na aterrissagem, gerando uma contusão na virilha na onda que ainda lhe rendeu nota 4.33. A partir daí, ele passou a ter dificuldades para se movimentar no mar mexido da Gold. Alheio a isso, Matt Wilkinson tratou de surfar mais solto. O algoz de Adriano de Souza, o Mineirinho, buscou uma direita com grande parede e recebeu nota 7.83, assumindo a dianteira. Na sequência, Wilko somou 5.23 e assumiu a dianteira.

Filipe Toledo em ação na Gold Coast (Foto: Divulgação/WSL)

Faltando 15 minutos de bateria, Filipinho demonstrou muita garra e se esforçou ao máximo para executar diversas manobras numa onda que se estendeu. O brasileiro foi premiado com uma nota 7,10 e a virada: 13,27 a 13,06, obrigando Matt a correr atrás de uma nota 5,44 nos dez últimos minutos de ação na primeira semifinal da etapa.

Para sorte de Toledo, Wilkinson não conseguia encontrar ondas para tentar a virada. Os minutos passavam e parecia que Filipinho conseguiria uma vitória heroíca. Porém, quando faltavam três minutos, Matt surfou uma onda cheia de pareda e encaixou rasgadas estilosas, conectando manobra atrás de manobra para tirar nota 6,60 e reassumir a liderança. Não havia mais tempo para Filipe voltar à dianteira. Ele se despede com uma honrosa terceira colocação da etapa em que defendia o caneco conquistado em 2015.

Quartas de final 

1: Filipe Toledo (BRA) 12.34 x 12.16 Joel Parkinson (AUS)
2: Matt Wilkinson (AUS) 13.16 x 12.73 Adriano de Souza (BRA)
3: Kolohe Andino (EUA) 16.00 x 4.63 Adrian Buchan (AUS)
4: John John Florence (HAV) 14.00 x 15.23 Stuart Kennedy (AUS) 

Semifinais

1: Filipe Toledo (BRA) 13,27 x Matt Wilkinson (AUS) 14,43
2: Kolohe Andino (EUA) 14.23 x Stuart Kennedy (AUS) 14.20

Matt Wilkinson é carregado após deixar o mar como vencedor da etapa da Gold Coast (Foto: Kirstin Scholtz/WSL)


Final

1. Matt Wilkinson (AUS) 14.20 x Kolohe Andino (EUA) 13.66

Fonte:Globo

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