quinta-feira, 29 de abril de 2010

Começa a 3ª Conferência Estadual de Esporte e Lazer da Bahia.



Randolpho Gomes

Diário de Ilhéus




A representante do Ministério dos Esportes, Cássia Damiani, disse acreditar que o plano vai estabelecer ações e metas contínuas para, num prazo de dez anos, colocar o Brasil entre as dez maiores potências esportivas do mundo.

“A Bahia vai compartilhar suas experiências nos programas similares ao Bolsa Atleta, nos debates sobre a participação da comunidade em programas de esporte e lazer e na expertise na formação de recursos humanos. O estado vai atender esses desafios com maior qualificação profissional, com tratamento melhor nos investimentos na área de infraestrutura esportiva. Enfim, as propostas daqui vão compor um plano sólido e exequível”, explicou Cássia.

Segundo ela, o limite do plano são dez anos, mas existe uma perspectiva para os próximos 50 anos, com elevação do projeto de desenvolvimento nacional. “Não dá para formar atletas, conquistar medalhes e depois das olimpíadas isso entrar numa reta descendente. Queremos mais crianças praticando e aprendendo o esporte, mais adultos tendo acesso a atividades lúdicas esportivas”, afirmou.

Dentre as ações do governo da Bahia na área de esporte e lazer no último triênio, estão a aplicação de investimentos de R$ 22,6 milhões na construção e recuperação de ginásios, quadras poliesportivas, piscinas semiolímpicas e o apoio a eventos esportivos.

Nesse mesmo período, o programa Faz Atleta beneficiou 244 esportistas com recursos de R$ 8,8 milhões. Já por meio do programa Segundo Turno, dez mil crianças e adolescentes de Salvador foram beneficiados com o acesso a práticas esportivas no horário oposto ao da escola.

O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Nilton Vasconcelos, disse que ao longo desses três anos e quatro meses foram realizadas intervenções de infraestrutura esportiva, por meio de convênios firmados via Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), que representaram R$ 18 milhões, atendendo mais de 100 municípios.

“Foram construídos 94 quadras poliesportivas, três estádios, seis piscinas e mais um conjunto de obras. Também não podia deixar de falar da reconstrução do Estádio de Pituaçu e de ser uma das sedes da Copa do Mundo”, ressaltou Vasconcelos.

Entre 2007 e 2009, ainda foram doados materiais esportivos para 275 entidades que trabalham com esporte no estado e as atividades das escolas de esportes apoiadas pelo governo na capital e no interior atenderam 28 mil pessoas, entre crianças, adolescentes, idosos e deficientes. Em Salvador, o Estádio Roberto Santos (Pituaçu) ganhou padrão internacional após o investimento de R$ 55 milhões.

As propostas definidas nesta conferência serão encaminhadas ao Governo do Estado, à Assembleia Legislativa, à União dos Municípios da Bahia e ao plenário da 3ª Conferência Nacional, que acontece entre 3 e 6 de junho, em Brasília, quando a Bahia será representada por 65 delegados.

“A Bahia teve um crescimento muito grande. Nos Jogos Pan-Americanos, a gente viu esse bom resultado. No Rio de Janeiro, os atletas baianos trouxeram medalhas. Além de ter a renovação dos atletas, que é importante para o futuro do esporte no estado”, destacou o nadador de maratona aquática, bronze nos Jogos Pan-Americanos (Rio 2007), Allan do Carmo.

Para a nadadora Verônica Almeida, para-atleta há apenas dois anos, a Bahia é referência na formação de atletas de alto rendimento. “A proposta de incentivo e a estrutura são comparadas a grandes potências lá fora”, declarou.

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