Beat Reusser
Na semifinal do Masters de Cincinnati contra Andy Murray, Roger Federer tinha o desafio de superar o retrospecto recente contra seu maior algoz dos últimos tempos. Número 1 do ranking mundial, o suíço tinha até este sábado quatro derrotas seguidas para o britânico. Em quadra, no entanto, ele deixou o histórico contra o rival de lado e, com um primeiro set arrasador, garantiu a classificação para a final do torneio em 2 sets a 0, parciais 6/2 e 7/6 (10/8).
Federer entrou em quadra disposto a arriscar. Desde o primeiro game, foi para cima. Abriu 5/1 no placar, com duas quebras de serviço. Chegou a ter 40/0 no sétimo game, mas viu seu adversário reagir e fazer 5/2.
No game seguinte, com 40 a 40, Federer reclamou de uma bola que, para ele, havia sido dentro. No entanto, não pediu o desafio. Logo depois, o fato se repetiu, mas desta vez, o suíço não deixou passar. E ele estava certo: 6/2 no primeiro set.
Murray voltou para o segundo set mais atento e agressivo. O britânico errava menos do que no primeiro set e mostrava desenvoltura em quadra. Além disso, passou a encaixar seu saque, o que não tinha acontecido na primeira parcial. Com oito aces, manteve a igualdade no placar até o tie break, sem nenhuma quebra de serviço dos dois lados.
O duelo continuou emocionante durante o tie-break. Federer chegou a abrir 3/0, mas deixou o britânico encostar novamente. Os dois tenistas se alternaram na dianteira, mas Murray se deixou trair por aquela que estava sendo sua maior arma até então. Após uma dupla-falta, viu Federer fechar em 10/8 e garantir a vaga na final.
Com o triunfo conhecido na semifinal de Cincinnati, Federer consegue diminuir o histórico de derrotas diante de Murray, vencedor do Masters de Montreal no último domingo e um dos poucos tenistas da atualidade que tem retrospecto favorável nos duelos contra o líder do ranking. Agora, são seis vitórias do britânico contra apenas três do suíço, incluindo aí o triunfo na decisão do Aberto dos Estados Unidos do ano passado, quando levantou seu quinto troféu seguido do Grand Slam americano.
Djokovic atropela Nadal e vai à decisão
Roger Federer parece ter inspirado Novak Djokovic a exorcizar seus fantasmas no Masters de Cincinnati. Se mais cedo o suíço passou pelo seu algoz Andy Murray e garantiu um lugar na final, o sérvio fez o mesmo contra o espanhol Rafael Nadal à noite. Até aqui, já eram cinco jogos sem vencer o rival. A sequência, no entanto, acabou neste sábado. Jogando como nunca, fez 2 sets a 0, com parciais 6/1 e 6/4, em 1h32m de confronto.
O primeiro set foi uma verdadeira aula de Djokovic. Após um começo igual, onde os dois tenistas confirmaram seus serviços, o sérvio começou o massacre quebrando no quarto game e abrindo 3 a 1 no período.
A partir de então, só deu Novak Djokovic, que quebrou mais um serviço do espanhol Rafael Nadal e fechou o primeiro set com propriedade, em 6 a 1.
O espanhol então endureceu o confronto. Mais 'ligado' na partida, Nadal fez frente ao adversário sérvio e equilibrou o jogo. Ainda assim, errava mais que Djokovic.
Aproveitando-se dos erros de Nadal, Novak quebrou mais um serviço do espanhol e abriu 3 a 2, para logo em seguida ampliar a vantagem para 4 a 2 no sexto game. Os dois tenistas davam uma aula em quadra norte-americana, e a cada ponto conquistado, vibravam intensamente.
Rafael Nadal cada vez mais dificultava o jogo para Djokovic, porém o sérvio se superava ainda mais, e rebatia bolas indefensáveis ao espanhol. A cada ponto, Novak parecia crescer ainda mais na partida.
Enfim, após 1h32 de partida, o sérvio Djokovic confirmou sua superioridade no jogo e eliminou o número 3 do ranking da ATP, Rafael Nadal.
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