Luisaldo Barreto
Patrocinadora oficial da Fifa e com ampla exposição de sua marca no mundial, Adidas emplaca Grafite e Michel Bastos na seleção, saindo vitoriosa na primeira batalha contra a sua arquirrival no mundo da bola.
Além de fabricar a bola utilizada nos jogos do mundial de futebol e estampar seu logo na camisa de quatro seleções cotadas para o título - Alemanha, Argentina, Espanha e França - a companhia driblou a concorrente e teve dois de seus garotos-propaganda incluídos na lista de convocados para representar o Brasil nos gramados da África do Sul: o lateral Michel Bastos e o atacante Grafite, surpresas na escalação oficial divulgada ontem pelo técnico Dunga.
Em outro revés, a Nike, que tem como grande trunfo na briga o patrocínio da seleção brasleira, viu dois de seus principais jogadores patrocinados e que eram nomes certos até pouco tempo ficarem de fora: o meia Ronaldinho Gaúcho e o atacante Adriano.
"É sempre bom ter um jogador a mais na Copa, pois a exposição na chuteira é mais uma ferramenta para expor a nossa marca. Mas é duro não ter o patrocínio da seleção brasileira", afirma Daniel Schmid, gerente de futebol da Adidas do Brasil, que aumentou em 30% os investimentos no futebol em relação à Copa de 2006.
Patrocinadora de craques do naipe de Kaká e Messi, a empresa afirma que a estratégia de marketing para os anos de Copa do Mundo leva em consideração surpresas que podem ocorrer até o início do mundial. "Fazemos um plano B no planejamento pois sempre há riscos de um jogador não ser convocado ou ficar de fora por contusão", explica Schmid.
Por sua vez, a Nike comentou através de sua assessoria que "não tem qualquer tipo de ingerência nos assuntos internos da CBF" e que "não influencia na convocação da seleção brasileira". Dos 23 convocados, catorze são patrocinados pela empresa americana, entre eles Luís Fabiano, Robinho e Daniel Alves.
"Além da exposição, o grande benefício para as empresas é o aumento considerável nas vendas em anos de Copa.
Mas para evitar a perda pela não presença de um atleta, as companhias fragmentam os investimentos em vários jogadores", avalia Amir Somoggi, diretor da Crowe Horwarth RCS e especialista em gestão e marketing no esporte.
Jogada de risco:
E não foram apenas milhões de brasileiros que ficaram insatisfeitos com a opção do técnico Dunga em chamar Doni, Josué, Julio Baptista e Grafite para representar o Brasil na Copa do Mundo da África do Sul.
A escolha desagradou também empresas que investiram pesado em craques que levariam suas marcas para o evento que atrairá bilhões de telespectadores pelo mundo a partir de 11 de junho.
No lugar do retorno de mídia espontânea com seus atletas vestindo a amarelinha, as companhias terão de rever suas estratégias para não saírem no prejuízo após a lista de convocados.
O principal exemplo dessa bola na trave é a campanha da Seara que está em veiculação desde domingo. Criada pela agência Africa, a ação tem os craques Neymar, Paulo Henrique Ganso e Robinho fazendo acrobacias com a bola e vestindo a camisa da seleção.
A jogada de marketing seria espetacular caso os Meninos da Vila estivessem na lista de convocados. Mas nem o clamor popular foi suficiente para sustentar a ação, que perde o seu significado com apenas dois dias na mídia.
"É uma iniciativa de oportunismo. Mas como patrocinadora oficial da seleção, a Seara deveria ter mais cuidado com essa investida. Caso os jogadores fossem convocados poderiam dizer que houve pressão financeira assim como ocorreu no passado na história envolvendo a Nike e a CBF", comenta Somoggi.
Além de fabricar a bola utilizada nos jogos do mundial de futebol e estampar seu logo na camisa de quatro seleções cotadas para o título - Alemanha, Argentina, Espanha e França - a companhia driblou a concorrente e teve dois de seus garotos-propaganda incluídos na lista de convocados para representar o Brasil nos gramados da África do Sul: o lateral Michel Bastos e o atacante Grafite, surpresas na escalação oficial divulgada ontem pelo técnico Dunga.
Em outro revés, a Nike, que tem como grande trunfo na briga o patrocínio da seleção brasleira, viu dois de seus principais jogadores patrocinados e que eram nomes certos até pouco tempo ficarem de fora: o meia Ronaldinho Gaúcho e o atacante Adriano.
"É sempre bom ter um jogador a mais na Copa, pois a exposição na chuteira é mais uma ferramenta para expor a nossa marca. Mas é duro não ter o patrocínio da seleção brasileira", afirma Daniel Schmid, gerente de futebol da Adidas do Brasil, que aumentou em 30% os investimentos no futebol em relação à Copa de 2006.
Patrocinadora de craques do naipe de Kaká e Messi, a empresa afirma que a estratégia de marketing para os anos de Copa do Mundo leva em consideração surpresas que podem ocorrer até o início do mundial. "Fazemos um plano B no planejamento pois sempre há riscos de um jogador não ser convocado ou ficar de fora por contusão", explica Schmid.
Por sua vez, a Nike comentou através de sua assessoria que "não tem qualquer tipo de ingerência nos assuntos internos da CBF" e que "não influencia na convocação da seleção brasileira". Dos 23 convocados, catorze são patrocinados pela empresa americana, entre eles Luís Fabiano, Robinho e Daniel Alves.
"Além da exposição, o grande benefício para as empresas é o aumento considerável nas vendas em anos de Copa.
Mas para evitar a perda pela não presença de um atleta, as companhias fragmentam os investimentos em vários jogadores", avalia Amir Somoggi, diretor da Crowe Horwarth RCS e especialista em gestão e marketing no esporte.
Jogada de risco:
E não foram apenas milhões de brasileiros que ficaram insatisfeitos com a opção do técnico Dunga em chamar Doni, Josué, Julio Baptista e Grafite para representar o Brasil na Copa do Mundo da África do Sul.
A escolha desagradou também empresas que investiram pesado em craques que levariam suas marcas para o evento que atrairá bilhões de telespectadores pelo mundo a partir de 11 de junho.
No lugar do retorno de mídia espontânea com seus atletas vestindo a amarelinha, as companhias terão de rever suas estratégias para não saírem no prejuízo após a lista de convocados.
O principal exemplo dessa bola na trave é a campanha da Seara que está em veiculação desde domingo. Criada pela agência Africa, a ação tem os craques Neymar, Paulo Henrique Ganso e Robinho fazendo acrobacias com a bola e vestindo a camisa da seleção.
A jogada de marketing seria espetacular caso os Meninos da Vila estivessem na lista de convocados. Mas nem o clamor popular foi suficiente para sustentar a ação, que perde o seu significado com apenas dois dias na mídia.
"É uma iniciativa de oportunismo. Mas como patrocinadora oficial da seleção, a Seara deveria ter mais cuidado com essa investida. Caso os jogadores fossem convocados poderiam dizer que houve pressão financeira assim como ocorreu no passado na história envolvendo a Nike e a CBF", comenta Somoggi.
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