domingo, 1 de fevereiro de 2009

Nadal bate Federer em 4h e conquista o Australian Open, seu sexto Grand Slam







Beat Reusser de Jesus










Número 1 do mundo esquece cansaço e se torna primeiro espanhol a vencer o Grand Slam













Nos últimos anos, Rafael Nadal começou a construir sua fama de 'carrasco' de Roger Federer ao incomodá-lo com seu jogo consistente e sua batida pesada na esquerda do oponente. Neste domingo, o espanhol fez história mais uma vez ao bater o rival para ser campeão do Aberto da Austrália de maneira diferente: mais agressivo, ele encaixou 46 winners e adiou o recorde de títulos de Grand Slam do suíço com uma vitória por 3 sets a 2, parciais de 7/5, 3/6, 7/6 (7-3), 3/6 e 6/2.
O triunfo é seu sexto título de Grand Slam. Ele já tem na estante os troféus de Roland garros (2005, 2006, 2007 e 2008) e Wimbledon (2008). O último dos grandes que lhe falta é o US Open.

Aparentando realmente cansaço após permanecer em quadra por 5h14 até bater Fernando Verdasco na semifinal, Nadal precisou mudar o jeito de atuar para evitar que mais um show de trocas de bolas fosse visto na Rod Laver Arena. Apesar de ter colocado o físico à prova e atuado por mais 4h22 neste domingo, ele conseguiu cumprir o objetivo.

Aproveitando-se do serviço instável de Federer, que só teve 51% de aproveitamento de primeiro saque em todo o embate, o espanhol dominou muitos pontos desde a devolução. Colocando o suíço contra a parede, o jovem aplicou 46 bolas vencedoras ao mesmo tempo em que manteve a regularidade, com 41 erros não-forçados (o número dois do mundo cometeu 64).

Vacilante, o homem que buscava igualar as 14 taças de majors de Pete Samrpas também tropeçou em seus próprios erros. Além de não ter conseguido encaixar o serviço, o helvético sofreu com a falta de regularidade - vencia o primeiro set por 4/2 antes de tomar a virada e desperdiçou seis break points que certamente lhe teriam dado a terceira parcial. No total, ele só conseguiu quebrar o saque do adversário em seis de 19 oportunidades colecionadas.

Sem o mesmo poderio físico de outras oportunidades, é bem verdade que Nadal também perdeu suas oportunidades. Ele tinha 3/2 de vantagem na segunda etapa antes de perder seu saque por duas vezes seguidas e poderia ter encerrado a partida no quarto set, visto que perdeu cinco chances de quebra.

Na quinta e decisiva parcial, no entanto, mais uma vez a força mental do espanhol sobressaiu. Assim como havia acontecido na última final de Wimbledon, ele faturou uma maratona por causa de um game muito mal jogado por Federer, que sacava em 1/2 com 30-0 antes de cometer série de erros que, a princípio, custaram-lhe apenas o serviço, mas depois também o confronto.

Campeão ao fim de 254 minutos, Nadal provou que também pode bater o suíço pressionando-o e não dependendo apenas dos erros do rival, que na prática vieram aos montes no quinto set. Confirmando o grande nível de jogo quando enfrenta o suíço, o maiorquino aumentou sua vantagem no confronto direto, que agora aponta 13 vitórias para ele em 19 embates.

A vitória de Nadal significou o adiamento do sonho de Federer, que pretendia conquistar seu 14º título de Grand Slam e igualar o recorde do americano Pete Sampras. A derrota o abalou, e o atual número 2 do mundo não conseguiu esconder a decepção na hora do discurso de agradecimento.

















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