sexta-feira, 1 de maio de 2009

15 ANOS SEM AYRTON SENNA



Regis Gally
Consultor de vendas.



Amigos do toque esportivo, hoje eu falarei não apenas de um ídolo do esporte brasileiro, mais de um homem destemido, sincero, arrojado, de caráter inabalável, humilde, bom filho, irmão e um verdadeiro patriota.
Um dos maiores heróis nacionais, teve uma carreira intensa e cheia de vitórias. Seu sucesso motivou milhares de jovens, fez uma nação inteira acreditar que um jovem poderia vencer entre os melhores


UM MITO, UMA LENDA CHAMADA “AYRTON SENNA”




Ayrton Senna da Silva, uma lenda do automobilismo, um mito, um eterno CAMPEÃO.
A fórmula 1 de 1984 a 1994 viveu a sua época mais competitiva, onde os pilotos tinha que guiar suas máquinas sem ajuda de suspensão ativa, controle de tração cambio automático, etc..., tudo era resolvido no braço, na competência, no arrojo, na habilidade de bons pilotos como Niki Lauda, Alain Prost, Nelson Piquet, Keke Rosberg, Nigel Mansel, Gerard Berger, Jean Alesi, Jaqques Gilleneuve, Patrick Tambay, Damon Hill dentre outras feras, e neste período surgiu o melhor piloto de todos os tempos Ayrton Senna, consagrado em todo o mundo pela imprensa esportiva, por fãs-clubes espalhados por todo o continente e pelos amantes do automobilismo.

Senna não era apenas um piloto, mas um homem, comprometido com a sociedade do seu País, “Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que se deve começar, através da sua educação”, disse quando criou com a irmã Viviane Senna a Fundação Ayrton Senna.

Ayrton Senna da Silva era paulista, nasceu em 21 de março de 1960. Ainda criança, com quatro anos de idade, ganhou um kart, feito pelo próprio pai, e que tinha um motor de cortar grama, começava aí a paixão pelos carros.

Ayrton foi campeão sulamericano de Kart em 1977, campeão inglês de formula Ford em 1981 e campeão europeu e britanico de Formula 2000 em 1982, foi campeão inglês de Formula 3 em 1983, o que abriu as portas para a F1 onde conquistou o tricampenato em 1988, 1990 e 1991.
Obteve 41 vitórias na F1 em 161 provas que disputou, fez ainda 65 poles, 19 voltas mais rápidas, era um excelente piloto em pista seca, imbatível com pista molhada, era o “Rei da chuva”.


Já no seu ano de estréia na F1 (1984), com a modesta Toleman, Senna conseguiu seu primeiro ponto logo na segunda prova, em Kyalami, na África do Sul e quinze dias depois repetiu o resultado.

Mas foi a sua performance no GP de Mônaco em 1984 que chamou as atenções das demais equipes. Classificou-se em 13º no grid de largada e fez um rápido progresso através das estreitas ruas de Monte Carlo. Na volta 19, passou Niki Lauda que estava em segundo, e começou a ameaçar o líder Alain Prost, e continuou por várias voltas lutando pelo primeiro lugar com seu limitado Toleman. A esta altura já chovia muito no circuito e Senna continuava a pisar fundo no acelerador, na volta 31 finalmente consegue a ultapassagem sob Alain Prost, mas então, a corrida foi interrompida na mesma volta por razões de segurança. Senna chegou a comemorar a vitória mas, nesses casos, o regulamento mandava considerar as colocações da volta anterior e, ainda, por ter sido interrompida com mais da metade da corrida, os pontos deveriam ser computados pela metade.

Senna ainda ganhou mais dois pódiums naquele ano - terceiro no Grande Prêmio da Inglaterra, em Brands Hatch, e no GP de Portugal, em Estoril.

Em 1985, Senna foi para a Lotus e tinha como parceiro de equipe o experiente italiano Elio de Angelis, e logo na primeira prova, em Jacarepaguá no Rio de Janeiro, cravou a pole mas por problemas elétricos abandonou a prova. E na segunda prova dia 21 de abril em Estoril, a primeira vitória. Logo depois na Bélgica no autodromo de Spa-Francorchamps a segunda vitoria.
Senna terminou a temporada de 1985 em quarto lugar no Campeonato Mundial de Pilotos, com 38 pontos e seis podiums (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares), além de sete pole positions.

Em 1986, chegou em segundo lugar logo no primeiro GP, no Brasil, fazendo dobradinha com Nelson Piquet, mas com um carro inferior às Willians e McLaren, Ayrton começou a traçar planos de corridas diferentes, como não parar para trocar pneus, e com essa tática passou liderar o campeonato pela primeira vez ao bater Nigel Mansel no GP da Espanha por apenas 0,14s, uma das menores diferenças de chegada da F1. Porém a liderança não durou muito, pois teve vários problemas mecânicos, tendo que abandonar algumas provas.

Ainda nesse ano, Senna se tornaria definitivamente um ídolo no Brasil ao conquistar sua segunda vitória na temporada no GP dos Estados Unidos, disputado em Detroit, e terminou o campeonato novamente na quarta colocação, com 55 pontos, oito poles e seis pódiums.


Em 1987 a Lotus faz uma parceria com a Honda, a partir daí começa o reinado de Senna em Monaco, vence a prova mais charmosa do calendário da F1, e dá banho de chanpagne na princesa Caroline. (Senna venceu 6 vezes em Mônaco, 5 consecutivas, e é ainda hoje o recordista de vitórias no principado). O Rei de Mônaco.

Senna venceu também a prova dos Estados Unidos (Detroit) pelo segundo ano consecutivo, mas as Willians de Nelson Piquet e Nigel Mansel eram muito superiores à Lotus daquele ano. Senna ajudava aos engenheiros da Honda no desenvolvimento dos motores de forma nunca vista antes, um engenheiro comentou “ele tem uma sensibilidade, um ouvido fora do comum, o carro faz um barulhinho, ele nos informa o que é que precisa ser mudado”.

Senna terminaria aquele ano em terceiro na colocação final, com 57 pontos, uma pole e oito podiums (duas vitórias, quatro segundos e dois terceiros).

Essa temporada marcou uma reviravolta na carreira de Senna. Ayrton foi contratado pela McLaren que acertou com a Honda o fornecimento de motores V6 Turbo para 1988.

McLaren 1988, de um lado Prost Bi-campeão, do outro o jovem Senna. Começaria então um duelo feroz dentro das pistas, a dupla venceu 15 das 16 provas da temporada e Senna sagrou-se Campeão.

Em 1989 a disputa ficou ainda mais acirrada, Prost conquistou o tri-campeonato em 1989 depois de uma colisão com Senna durante o GP do Japão, em Suzuka, penúltima corrida da temporada, e que Senna precisava vencer para ter chances de conquistar o campeonato mundial. Senna tentou ultrapassar Prost na chicane, os dois "tocaram" os pneus e foram para fora da pista, Senna retornou à pista auxiliado pelos fiscais, que empurraram seu carro pois o motor havia apagado e ele foi direto aos boxes para reparar o bico do carro danificado na manobra. Voltando à pista, tirou a liderança de Alessandro Nannini da Benetton e chegou em primeiro, sendo desclassificado pela FIA por cortar a chicane depois da colisão com Prost. A penalização e a suspensão temporária de sua superlicença - que é a habilitação de um indivíduo para pilotar carros de F1 - fez com que Senna travasse uma batalha de palavras com a FIA e seu presidente Jean-Marie Balestre.

Em 1990, no mesmo circuito aconteceu a revanche, Prost estava na Ferrari, o Presidente da FIA era Ballestre, que fez algumas manobras para ajudar o seu compatriota, como a alteração da pista em Suzuka, fazendo com que Senna mesmo pole position, largasse do lado sujo da pista, mas desta vez a vantagem estava do lado de Ayrton Senna que colocou agressivamente seu carro na linha de tangência enquanto Prost fazia a curva e a McLaren tocou a roda traseira da Ferrari de Prost a 270 km/h (170 mph), levando os dois carros para fora da pista. Ao contrário do ano anterior, desta vez o abandono dos pilotos deu a Senna o seu segundo título mundial.
Em 1991 o Tri-Campeonato, conquistado de forma incontestável, foram 7 vitórias, 3 segundo lugar, 2 em terceiro, 1 quarto, 1 quinto 1 sétimo e um abandono.

Disputou ainda pela McLaren o mundial de 1992 e 1993, ano em que as Willians dominaram a F1 com o sensacional FW14B.

Senna foi protagonista de duelos sensacionais, fazia ultrapassagens fantásticas (veja o vídeo)


Em 1994 transferiu-se para a Willians, obteve as 3 poles, mas abandonou as 3 provas que correu com o carro de Frank Willians.

No dia 29 de abril, Rubens Barrichello sofre um forte acidente nos treinos oficiais para o grande premio de Ímola, Barrichello saiu desse acidente com pequenas escoriações e o nariz quebrado, ferimento suficiente para impedí-lo de correr no domingo. Senna visitou seu amigo no hospital - ele pulou o muro depois que foi impedido de visitá-lo pelos médicos - e ficou convencido de que as normas de segurança deveriam ser revisadas.

Dia 30 de abril durante os treinos livres quando o austríaco Roland Ratzenberger, correndo pela Simtek, bateu violentamente na curva Villeneuve num acidente que começou a se formar na fatídica curva Tamburello, quando a asa dianteira de seu carro se soltou fazendo-o perder o controle do veículo. Levado ao Hospital Maggiore de Bolonha, ele faleceu minutos depois.

Senna ficou muito abalado com os acidentes, e, chegou a iniciar um movimento entre os pilotos para cancelar a prova, mas a força dos patrocinadores falou mas alto do que as codições de segurança da pista.

E no dia 1 de maio de 1994 Ayrton fez sua última corrida. No GP de San Marino, autodromo de Imola, na curva Tamburello, vi sem querer acreditar, que morria o maior piloto de F1 que conheci.

Confesso que a minha paixão pela F1 ficou abalada, com a morte de Senna, as manhãs de domingo ficaram vazias, pois ele corria com prazer e para vencer, era o piloto que fazia a diferença e não as máquinas, era a competência e não a tecnologia.





2 comentários:

CARLOS AUGUSTO - GER. DO BLOG disse...

É meu amigo Regis, hoje faz 15 anos sem o genio Ayrton Senna, a sua materia sobre um dos maiores ídolos, eu te juro fique muito emocionado, realmente ele ainda faz muita falta nos nossos domingos, simplemente o melhorrrrr, parabéns pela sua materia fique muito feliz pela sua homenagem. até mais.
Carlos Augusto.

JPGarcia disse...

Parabens Regis, muito bom esse trabalho que voce fez! Homenagem digna a um Herói nacional!!!!