sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Toque de Nutrição




João Paulo Garcia - Triatleta





Alergia ao Leite


A intolerância à lactose não é a única causa de alergias: crescem os casos de reações do organismo a proteínas do leite.

Uma descoberta recente dá conta de que todas as fêmeas – incluindo a mulher – Produzem a proteína beta caseína A2, mas que, há cerca de 10 000 anos, algumas vacas passaram também a produzir beta caseína 1, relacionada com uma série de reações alérgicas, casos de autismo, morte súbita e diabetes tipo 1 em crianças e a problemas coronários, neurológicos e colesterol elevado em adultos. O agrônomo José Luiz Moreira Garcia, formado pela Universidade Rural do Rio de Janeiro, com mestrado em bioquímica e fisiologia de plantas pela Michigan State University, não descarta o manejo inadequado como causa também possível.

DIETA ALTERADA

O que ele diz vem ao encontro do que penso sobre o assunto: o gato deveria ser criado livre, em campo fértil, alimentando-se basicamente de pasto. Mas, nos últimos 70 anos, a dieta foi incrementada com caroços de algodão, polpa de laranja, farelo de soja, uréia, sulfato de amônio, farinha de carne (Já proibida), farinha de penas (Proibida), fubá e – Pasmem! – esterco de galinha (proibido, mas amplamente usado no Brasil, em criações Clandestinas).

PRODUTO CERTIFICADO

Para a saúde como um todo, a carne não foge á regra que deve valer para qualquer alimento: quanto mais natural, melhor. Com base em pesquisas, sabe-se hoje que todas as raças zebu, como a Gir, não foram afetadas por mutação genética e ainda produzem leite A2 em níveis bem próximos a 100%. A Guernsey, que já foi a raça leiteira mais criada no Brasil, produz só o leite A2 e seguida pela raça Jersey, com 75% de leite A2 e 25% de leite A1 (alergênico). Já a Holandesa produz 50% de Leite A2. A Nova Zelândia já registrou o nome “A2 Milk” e está certificando laticínios e produtores que usem apenas leite A2 de gado criado com pasto. Um bom exemplo a seguir.

Agora você já sabe: se reagir mal ao leite, experimente trocar por outro, predominantemente A2. Como tudo o que é novo é combatido, não faltará quem ridicularize a questão. Não se deixe influenciar por isso. Sua saúde está em primeiro lugar.

(Dr. Wilson Rondó Jr. – Medico especialista em Medicina ortomolecular.)

www.drrondo.com.br

Fonte: Revista Sport Life mês de janeiro de 2008

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