sábado, 20 de junho de 2009

Torcidas (des)organizadas e o destino das próximas rodadas na capital do estado.



Saulo Rondinelli

geoilheus.tripod.com


Contrariando a tradição entre as torcidas na região Nordeste, Salvador registrou nos últimos seis meses pelo menos duas mortes provocadas por brigas entre as principais torcidas organizadas do futebol baiano, a Bamor, do Bahia, e a Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI), do Vitória; se aproximando cada vez mais de outras metrópoles nessa infeliz estatística.

No último dia 24 de março, Anderson Conceição de Jesus, da TUI, foi morto a tiros na Avenida San Martin. Em 21 de dezembro de 2008, a vítima foi uma criança de 11 anos, Wellington Rodrigues Oliveira Júnior, alvejado por acidente quando três torcedores ligados à Imbatíveis perseguiam Alessandro Barbosa da Silveira, mais conhecido na Bamor pelo apelido de Zangão.

Apesar da crescente violência entre as torcidas, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) não se manifestou contra a decisão da CBF de marcar dois jogos envolvendo os principais rivais do futebol baiano no mesmo dia.

Neste sábado, 20, o Vitória recebe o Botafogo pelo Brasileirão, às 16h, no Barradão, e o Bahia enfrenta o Ipatinga, às 21h, pela Série B, em Pituaçu. Menos de cinco quilômetros separam os dois estádios, que têm como principal acesso a mesma via, a avenida Paralela.

Mesmo diante da iminência de um indesejado encontro de torcedores rivais nas ruas da capital baiana - rubro-negros saindo do Barradão e tricolores a caminho de Pituaçu -, a Polícia Militar informou que não vai criar nenhum esquema especial para este sábado. "Vamos manter nosso patrulhamento de rotina nas estações de transporte. Um policiamento diferenciado existe em dia de Ba-Vi, quando a quantidade de torcedores indo ao mesmo local é grande", justifica.

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