segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dixon vence etapa do Kansas e Tony Kanaan vira líder





Beat Reusser de Jesus







"É importante ser consistente. Por isso, espero realmente somar mais pontos pensando no campeonato", disse Tony Kanaan, na última quinta, quando chegava ao Kansas para a corrida deste domingo (26). Desejo cumprido. O brasileiro não foi páreo para o vencedor Scott Dixon, que dominou grande parte da prova, mas seu terceiro lugar lhe rendeu a liderança da temporada da Indy. O piloto da Andretti Green tem agora 100 pontos, contra 99 de Ryan Briscoe e 96 de Dario Franchitti – que ponteava a classificação geral.

Graham Rahal e Robert Doornbos – dupla da Newman/Haas/Lanigan que surpreendeu na classificação – mostraram cedo que não tinham carro para manter o primeiro e segundo lugares. O filho de Bobby perdeu o posto na 20º volta para Dixon e foi caindo de rendimento ao longo da prova. Primeiro saiu do top-5, depois não andou entre os dez da frente, mas se recuperou nas últimas voltas e completou em sétimo. O holandês não teve a mesma sorte – bateu em um pneu nos pits, foi punido e deu adeus às pretensões de disputar a ponta, terminando em 12º.

Antes da ultrapassagem de Dixon sobre Rahal, porém, Helio Castroneves se envolveu em um acidente com Vitor Meira, tirando o piloto da Foyt da corrida na 14º volta. Helio quebrou o bico e teve de fazer uma parada indesejada nos boxes. Mais uma dificuldade para o brasileiro, que largou em último por cruzar a linha interna do traçado na classificação.

A recuperação do piloto da Penske, entretanto, foi fantástica. No 34º giro, Castroneves ultrapassou Hideki Mutoh e assumiu o décimo posto. Naquele momento, Dixon, Rahal e Kanaan formavam a tríade da liderança, os três no mesmo ritmo. Mário Moraes, que largara em sexto, fazia muito esforço para segurar Dan Wheldon, vencedor das duas últimas provas no Kansas.

À medida que Castroneves se aproximava do pelotão da frente, Dixon deixava Kanaan, que ultrapassou Graham na 56ª volta, para trás. Na passagem 69, com a abertura para pits, Helio – que não parou – chegou à ponta, e o baiano da Andretti Green manteve o segundo posto. Quem se deu mal foi Rahal, que perdeu o terceiro lugar para Ryan Briscoe.

O companheiro de Helio na Penske era, naquele momento, o piloto mais rápido na pista. Aos poucos, foi se aproximando de Tony, até ultrapassá-lo na 93º volta. No giro seguinte, Raphael Matos causou a segunda bandeira amarela da corrida ao tocar na muro e abandonar.

Com novas paradas nos boxes, Briscoe ganhou a liderança e Kanaan foi junto, deixando o neozelandês da Ganassi em terceiro. Por pouco tempo. Na relargada, Scott ultrapassou Kanaan. No giro 130, foi a vez de Castroneves deixar o baiano para trás.

Durante cerca de 40 voltas, as movimentações se restringiam ao segundo pelotão, com destaque para o bom rendimento de Wheldon – oitavo – e Danica Patrick – sexta. Até que Dario Franchitti, que precisava alcançar os pilotos da frente para manter a liderança do campeonato, bateu pouco depois de ultrapassar a musa norte-americana. Ao mesmo tempo, Briscoe entrava nos boxes, deixando a ponta e o segundo lugar de volta para Scott e Castroneves.

O reinado de Dixon estava novamente decretado. Embora Helio se mantivesse a cerca de 0s5 do piloto da Ganassi – desta vez, vermelha – não o incomodou a ponto de preocupá-lo. A boa arrancada de Marco Andretti, Mutoh e Rahal nas últimas voltas derrubou Moraes para o 12º posto. Tony, de olho na regularidade e no campeonato, cuidou de se manter entre Castroneves e Briscoe.
















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