sexta-feira, 3 de abril de 2009

MANGA





Regis Gally
Consultor de vendas






MANGA - O GOLEIRO SEM LUVAS DO TEMPO DA BOLA DE COURO




Aílton Corrêa Arruda, o Manga para o torcedor brasileiro e, “Manguinha” para os mais próximos, nasceu no dia 26 de abril de 1937, em Recife/PE. Começou a jogar profissionalmente em 1957, aos 20 anos, defendendo as cores do Sport Recife, onde permaneceu até 1959, transferindo-se de “mala e cuia” para o Rio de Janeiro, para defender as cores do Botafogo de Futebol e Regatas.
Em General Severiano, Manga permaneceu até 1969, depois de defender o clube do seu coração por dez longos anos. Transferiu-se para o Nacional do Uruguai, onde jogou até 1974, depois de ser considerado com um dos maiores goleiros que já atuaram no país, incluindo na relação o próprio uruguaio Mazurkiewicz.
Voltou ao Brasil em 1974 para defender o Internacional de Porto Alegre, onde permaneceu até 1976, fazendo parte de uma das maiores formações do colorado gaúcho: Manga; Cláudio Duarte, Figueroa, Pontes (Hermínio) e Vacaria; Falcão, Paulo César Carpegianni e Sérgio Lima (Batista); Valdomiro, Escurinho e Lula.
O antigo arqueiro brilhou no Botafogo, ao lado de verdadeiras feras como Rildo, Jadir, Nilton Santos, Garrincha, Quarentinha, Amarildo e Zagallo; e também no Internacional, onde ajudou a formar uma das maiores equipes coloradas em todos os tempos ao lado de Cláudio Duarte, Figueroa, Marinho Perez, Vacaria, Falcão, Batista, Caçapava, Valdomiro, Dario Maravilha, Lula e companhia.
Manga ainda defendeu o Coritiba, nos anos 1977 e 1978. Quis o destino do mundo futebolístico que Manga defendesse o Grêmio Portalegrense, maior rival do Internacional, nos anos 1979 e 1980. Manga ainda defendeu o Barcelona de Guiaquil, no Equador, em 1981 e 1982. Depois se transferiu para os Estados Unidos, onde reside até hoje.
Manga ainda defendeu a camisa da seleção brasileira, fazendo parte da famosa lista de 47 jogadores convocados em 1966. Foi escolhido juntamente com Gylmar para seguir com a seleção para a Copa do Mundo da Inglaterra. Manga foi campeão mundial interclubes pelo Nacional do Uruguai em 1971.
Manga é considerado o melhor goleiro do Botafogo em todos os tempos. Em 442 partidas, sofreu 394 gols. Sandro Moreyra contava “confidencialmente” que, “às vésperas de jogos contra o Flamengo, Manga dizia para sua esposa: - Pode ir na feira e comprar por conta, que o bicho de domingo é certo.”
Hoje Manga está aposentado e vivendo tranquilamente em Little Havana, na cidade de Miami, na Flórida.
TÍTULOS Campeonato pernambucano de 55, 56 e 56 (pelo Sport); Campeonato carioca de 61, 62, 67 e 68 (pelo Botafogo); Torneio Rio-São Paulo de 62, 64 e 66 (pelo Botafogo); Campeonato uruguaio de 69, 70, 71 e 72 (pelo Nacional do Uruguai); Libertadores de 71 (pelo Nacional); Mundial Interclubes de 71 (pelo Nacional); Campeonato gaúcho de 74, 75 e 76 (pelo Internacional); Campeonato brasileiro de 75 e 76 (pelo Inter); Campeonato Paranaense de 78 (pelo Coritiba); Campeonato gaúcho de 79 (pelo Grêmio) e Campeonato equatoriano de 81 (pelo Barcelona).
BRIGA COM SALDANHA - O goleiro, que fez 445 partidas pelo Botafogo, deixou o time da Estrela Solitária em 1968. Na época, ele teve um desentendimento com o jornalista e técnico João Saldanha, que acusou o arqueiro de ter-se vendido na final do carioca de 67. Manga deixou saudade aos alvinegros.

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